quinta-feira, 11 de junho de 2015

TertúliaView: "Hoje" (2011) de Tata Amaral

O que fizemos ontem tem relação com aquilo que somos hoje? O que faremos amanhã possui uma base do que fazemos hoje? É cara... a pira do passado-presente-futuro se relacionam muito mais do que imaginávamos!

+ Hoje (2011) de Tata Amaral


Hoje, estou escrevendo um #TertúliaView para esse blog, minhas vivências, ao ver muitos filmes e compartilhar brisas INSANAS com amigos, tornaram aquilo que eu sou hoje, um escritor desse texto... E a partir disso, projeto minha expectativas para um futuro: SUA MENTE EXPLODIDA ou seu dinheiro de volta!

Reinhart Koselleck
Se quiser nóis paga de intelectual aqui também: segundo o alemão Reinhart Koselleck, um dos maiores  historiadores do pós guerra, que sempre partiu para o campo da história dos conceitos,  temos um espaço de experiência (nosso passado, nossas memórias e nossas vivências) que projeta nosso horizonte de expectativa (nosso futuro, nossos desejos e anseios)... O presente, o nosso HOJE, vem da relação desses dois lugares, entre o que nos construiu e o que queremos construir.


O filme de Tata Amaral explora esse lugar em que se relaciona nossas experiências e nossas expectativas... Esse lugar que vivemos a todo momento, lugar que eu estou vivendo ao escrever esse texto e que, para mim, o momento que você lerá isso será o futuro... Mas que para você que está lendo esse texto, o momento que eu escrevi isso já é passado... TO FALANDO, PASSADO-PRESENTE-FUTURO É UM ROLE PESADO!


Mas retornando ao filme, vemos que o presente de Vera (Denise Fraga) está em construção, pois está de mudança para um novo apartamento, e ali ela confronta seu passado, seu presente e seu futuro. Ao receber a "visita" de Luiz (César Troncoso) ela quer escondê-lo de qualquer pessoa que esta vivendo aquele momento com ela, seja os trabalhadores da mudança ou a sindica chata, ela simplesmente quer construir algo sem realizar o confronto necessário com o passado... E como vimos, que futuro se constrói com isso? Um futuro vazio.


Mas seu passado é algo muito pesado, foi guerrilheira e lutou junto com amigos contra a ditadura civil militar. Brisando aqui podemos estabelecer a relação da figura de Vera com a do próprio Brasil, tentando construir um futuro sem enfrentar seu passado. Deste medo, mesmo sendo um filme pequeno e um ambiente só, a diretora consegue fazer uma discussão de importância máxima para um país que deseja ser de todos, sem miséria e uma Pátria educadora. Nossas origens e nosso passado é algo que não pode ser alterado, mas podemos podemos transformar aquilo que desejos através do aqui e do agora, afinal está em nós, somos nós.



Mas... E ai, como está você hoje?

TRAILER

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