Você é daqueles que está cansado
de tantos remakes e reboots? Ou você é daqueles que ama cada refilmagem que só
o cinema hollywoodiano pode te oferecer? Independente de sua opinião sobre o
assunto, você já parou para pensar sobre os motivos que levam a realização de
uma refilmagem? “GRANA, GRANA E GRANA!”
Mas será que seria só isso...? Se formos analisar o contexto histórico da
narrativa original e o remake, podemos estabelecer paralelos INSANOS! SIMBORA?
+ Caça-Fantasmas (Ghostbusters, 2016) de Paul Feig.
Mudanças... SEMPRE necessárias e NUNCA
aceitas de maneira fácil... Em 2015 tivemos a Imperator Furiosa (Charlize Theron), uma personagem
feminina, em Mad Max: Estrada da Fúria (nosso #TertúliaView) que despertou a ira de muitos homens,
tanto que a MRA - Men's Rights Activists (sim, é ridículo! - http://goo.gl/7gXoOY) fizeram uma campanha para
boicotar o filme! Ao mesmo tempo em que a personagem feminina Rey (Daisy Ridley) está no filme Star Wars - O Despertar da Força,
conhecemos o personagem negro Finn (John
Boyega), fãs mais “puritanos” fizeram uma campanha com comentários RIDICULAMENTE racistas. O que Boyega
fez? Postou de maneira genial essas três palavras: "Acostumem-se com isso" (http://goo.gl/q5QHnh).
Agora temos a personagem feminina e negra Patty Tolan (Leslie Jones) na nova
versão de Caça-Fantasmas e ela foi comparada a um gorila no Twitter (http://goo.gl/xNjbia)... Foram tantos
comentários ofensivos que infelizmente Jones apagou sua conta na rede social (http://goo.gl/xH373j).
SÉRIO MESMO QUE NÃO EXISTE MACHISMO E RACISMO PARÇA?
Imperator Furiosa (Charlize Theron), Finn (John Boyega) e Patty Tolan (Leslie Jones) |
Arte por caiooliveira |
Em vez de um branco que pinta a
cara com carvão para reforçar estereótipos, QUEREMOS NEGROS! QUEREMOS
MULHERES que mostrem sua força e não sua fragilidade! DESEJAMOS MULHERES NEGRAS que mostrem
autonomia e poder em vez de papéis clichês e ridículos (leia
mais sobre nesse artigo de Suzane Jardim)! ASPIRAMOS GAYS, LÉSBICAS, TRANS... TUDO! Diferentes vivências e opiniões para uma obra ampla e não reducionista!
REPRESENTAÇÃO IMPORTA!
Viu só! Quando essa representação
está presente, portas são abertas para a diversidade, novas vozes são ouvidas,
bem como respostas e novos questionamentos. Se a participação em diversos
filmes que Whoopi Goldberg realizou
durante sua carreira inspirou Leslie
Jones a ser atriz... O que podemos esperar do futuro com um filme composto
somente por heroínas femininas? VEI... O
PMA VAI LÁ NO ALTO! Como disse Chris
Rock no discurso de abertura do Oscar de 2016 (clique
aqui), não queremos privilégios, só queremos oportunidades... Acredite! Pra
essa galera que teve poucas ou nada, uma oportunidade é o bastante!
Mesmo assim, lembre-se! Há um
eterno dialogo entre o novo e o velho... Deste modo, nós do Cine Tertúlia devemos ponderar
muita coisa sobre o novo filme dos Ghostbusters,
pois mesmo com essa discussão acerca de representação, ele ainda sustenta muitos
valores tradicionais. Uma cena que resumi muita coisa sobre isso é quando Patty
(Leslie Jones) faz um stage dive
(pula de um palco em cima da plateia), mas só que ela não é segurada por
ninguém. Ela alega que não foi segura por algum motivo: ou ser mulher, ou ser
negra... E meu velho, muita coisa nesse filme foi feita pelo fato dela ser
negra. Se a versão original me incomodava pelo fato de Winston Zeddemore (Ernie Hudson) fazia um papel secundário,
reforçando a ideia de que negros não possuem conhecimento cientifico, mas sim o
conhecimento do trabalho braçal, pois ele era um mecânico... Em oposição aos
personagens de Peter Venkman (Bill
Murray), Ray Stantz (Dan
Aykroyd) e Egon Spengler (Harold
Ramis) que todos eram acadêmicos. Na nova versão de Feig vemos que isso
ainda se sustenta, pois Abby Yates (Melissa
McCarthy), Erin Gilbert (Kristen
Wiig) e Jillian Holtzmann (Kate
McKinnon) são possuem conhecimento, enquanto Patty (Leslie Jones) é uma atendente do
metro de Nova Iorque,
em uma determinada cena ela alega que as outras personagens teriam o
conhecimento teórico, enquanto ela teria o conhecimento das ruas... SÉRIO MESMO??? Só faltava estar comendo
uma melancia pra reforçar ainda mais estereótipos.
Dentro da narrativa do filme,
percebemos bastantes cortes... Sim, o filme parece ter sido reduzido para
melhor se enquadrar no “tamanho padrão
para a família tradicional brasileira”, aquela uma hora e quarenta minutos
que não incomodará ninguém. Tanto que muitas cenas ficaram atropeladas e deixando
o desenvolver sequencial da trama bastante forçado em alguns momentos. INTERVENÇÃO DA PRODUTORA? Grandes
chances.
Após esses apontamentos
percebemos que o filme incomodou... MUITO!
Afinal, teve uma campanha de
dislikes no YouTube... Mas nós do Cine Tertúlia queremos mais! Se aconteceu ter a representação de mulheres, queremos mais diversidade ainda! Se teve campanha de dislike, a gente quer explosões de mentes! Se
esse filme incomodou, queremos a revolução! INSANIDADE
É O NOSSO PRINCIPAL OBJETIVO! Ou como diria John Boyega, acostume-se com isso!
PS: Há cena pós crédito...
PS: Há cena pós crédito...
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