Que a nostalgia está muito presente no mundo
cinematográfico é algo inegável, pensa só nas mil e uma produções que saem como
refilmagens, spin-off e reboots de obras da década de 1980 e 1990... Mas não
estamos aqui para julgar, mas sim para oferecer INSANIDADES! Deste modo
podemos falar que o filme em questão pode ser o resultado de fusão de duas
ótimas produções recentes, "Mad Max" (2015) de George
Miller (nosso #TertúliaView sobre) e "Kung Fury" (2015) de David
Sandberg (nosso #TertúliaCast e #TertúliaIndica).
DÚVIDA? SACA SÓ...
+ Turbo Kid (2015) de François Simard, Anouk Whissell e Yoann-Karl Whissell
+ Turbo Kid (2015) de François Simard, Anouk Whissell e Yoann-Karl Whissell
Um... pouco! Dois... não! Três? PERFEITO! Três diretores para
fazer esse projeto realmente dar certo! E como foi difícil hein... Tudo começou
no mítico filme "O ABC da Morte" (The ABC's of
Death, 2012) (nosso #TertúliaView), um filme composto
por 26 curtas, cada um com um título referente a uma letra do alfabeto, no
curta com a letra "T" ficou com o INSANO "Toilet",
logo o nosso "Turbo Kid" foi deixado de lado... E quando parecia que
a merda já estava feita e o jeito era dar descarga no projeto todo, aparece um
tal de Jason Eisener (sim, o diretor de
"O Mendigo com uma Escopeta", 2011, já
tertuliado por aqui) e diz: "não vejo motivo para não realizar um
longa metragem de um curta que não deu certo!" GÊNIO O MENINO NÉ?
Todas as apostas estavam dizendo
que o projeto daria mais bosta... Mas ficou SENSACIONAL! Sei que são
filmes contemporâneos e se os colocarmos como fonte de inspiração um do outro
seria uma erro, mas vale ressaltar a matemática inicial de que MAD MAX +
KUNG FURY = TURBO KID! Pois temos aqui um ambiente pós apocalíptico de
1997 (tão década de 1980 que até a projeção de futuro é na década de 1990),
num mundo destruído e dominado por Zeus (Michael Ironside),
em que o único meio para se locomover são as bicicletas (com cenas de
perseguição tão INSANAS quanto aos bizarros carros de "Mad Max").
Nesse cenário "inspirador" conhecemos Kid (Munro Chambers)
um órfã que vive somente em sua zona de segurança, não se arrisca a confiar em
ninguém, somente em sua história em quadrinho favorita, o Turbo Rider.
O filme já me conquistou
por isso: "EPIC PICTURES, LÍDER Nº1 EM VENDAS DE LASER DISC"
Ai que conhecemos o mérito do
filme, que ao apresentar um panorama tão desfavorável e desesperançoso como
esse, mostra que é possível que Kid #AcrediteNaGravata,
isto é, que ele ainda possa acreditar que é possível algo melhor naquele mundo
desolador. Fazendo suscitar questões semelhantes ao filme Mad Max: como
acreditar em algo se tudo é uma merda? Mas quando temos algo em mente, algo
maior para acreditar, a luta se faz necessária... E é nesse momento fodástico
que conhecemos nosso The Kid se tornado o Turbo Kid, como uma mera HQ pode
influenciar toda uma realidade e a vida dele.
Tudo nesse filme é oitentista,
desde a premissa, a trilha sonora, roupas e até frases de efeito. Fazendo um
tipo de "Kung Fury" de 93 minutos, mesclando ação (violência
gratuita mesmo!) comédia, aventura e nos deixando a todo momento na dúvida se
aquilo tudo é uma homenagem ou uma sátira.
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O filme lança a brisa: se estamos
numa sociedade desoladora por que não ressuscitar ideais... ressuscitar
esperanças... que talvez sejam infantis ou bobas, mas são ideias que nos façam
sair de nossa zona de segurança e se arriscar num mundo sem esperanças. Tanto o
personagem de Zeus possui uma importância no decorrer da obra, que, de um ser
mascarado se transforma em um homem que pode se machucar, tudo por causa dessas
HQs! Para finalizar o texto se hoje de maneira INSANA: coloque uma
gravata, pegue uma bike e conheça lugares em que você nunca foi... talvez sua
esperança esteja lá. KEEP BELIEVE DEARS TERTULIANXS!