sábado, 7 de março de 2015

Tertúlia Análise: Cinema Trash


Segundo o dicionário Michaelis Online o termo TRASH, traduzindo para o português, seria: 

trash
n 1 coisa sem valor, refugo. 2 galhos cortados. 3 bobagem, bagatela, conversa tola. 4 Min entulho, escória. 5 rebotalho. 6 pessoa tola ou à toa. Min vt 1 cortar folhas e galhos (cana-de-açúcar). 2 descartar, rejeitar (coisas sem valor). 3 Amer destruir, destroçar, vandalizar.
*

* Sublinhados pela galera do Cine Tertúlia.
Sim, isso mesmo, muito mais que a simples palavra LIXO que costumeiramente traduziríamos.


A História de Rick (Lik Wong, 1991) de Ngai Kai Lam
Do mesmo modo o Cinema Trash, também vai muito além de um simples filme ruim, mesmo assim muitos ainda possuem um forte preconceito para com essa maneira de fazer cinema, considerando como algo sem valor artístico, uma pura bobagem que pessoas tolas assistem, a escória do cinema sem valor algum que estão ai somente para vandalizar a sétima arte. 


Evil Dead (1981) de Sam Raimi
Mas felizmente existe o Cine Tertúlia, para colocar em questionamento toda e qualquer certeza adquirida, somos grandes veneradores da dúvida e assim partimos aqui para colocar um pouco mais de interrogações em sua vida... um pouco mais de INSANIDADE. SIMBORA?


Wild Zero (1999) de Tetsuro Takeuchi
Para falarmos desse INSANO tipo de filme temos que falar de História, pois o filme Trash, tem uma primo mais velho conhecido como "filme B", mesmo com o baixo orçamento e poucas tecnologias disponíveis para a construção do filme, inovavam com o que tinham e fazendo MUITAS MENTES EXPLODIREM desde que o cinema se transformou numa indústria!

Essas propagandas enganosas!
Após a chamada Grande Depressão, quando a Crise de 1929 começou a fazer efeitos sobre a indústria cinematográfica e que o atrativo do espectador passou a ser o cinema falado (deixando assim a produção de filmes muito mais cara). Diversos cinemas começaram a fechar e para evitar a falência total da indústria, as maiores companhias cinematográficas de uniram na MPPDA (Motion Picture Producers and Distributors of América) e deste modo construindo um forte monopólio para sobreviver a crise, mas que infelizmente subjugaram companhias "B", como a Republic Pictures e a Monogram


Pink Flamingos (1972) de John Waters 
MERDA PARA TODO LADO HEIN... Mas ai que está queridx tertulianx, em momentos de crise intensa que a vida se mostra INSANA e, no caso, CRIATIVA. Vendo esse panorama desfavorável, muitos exibidores independentes passaram a criar atrativos, tais como, duas entradas pelo preço de uma e prêmios após a sessão. Assim como a GENIAL ideia da apresentação de dois filmes: o primeiro filme era um filme "A", com atores famosos e grandes orçamentos e em seguida vinha o filme "B", com a finalidade de complementar uma sessão, sendo a "outra metade". Com um custo muito mais barato que os filmes "A", eles influenciavam e muito a política dos preços, pois enquanto os filmes "A" eram um investimento arriscado, gastava-se muito mais nunca se sabia como prever o retorno, os filmes "B" tinham uma grande previsibilidade de lucro, ajudando e muito a essas companhias de se sustentarem e partirem para outros filmes. 

O Vingador Tóxico (The Toxic Avenger, 1984) de Michael Herz e Lloyd Kaufman
E ai que está, esses filmes eram um total reflexo dessa época, o cinema tinha deixado de ser uma simples arte para se tornar um produto industrial a algum tempo, mas após esse monopólio da MPPDA, os filmes começaram a ficar ainda mais homogêneos, assim como aqueles lindos comercias com uma família branca e feliz, mas que na verdade tinham muitos problemas, que eram escondidos, isolados... Tudo em nome dos bons costumes! Com a chegada dos filmes B, uma outra face era mostrada, mesmo muitas obras tento por meta ser semelhante as produções A, os filmes B conseguiram trabalhar dentro desse sistema e explorar outras perspectivas daquela sociedade. 


Solução para a paz mundial? Biotônico Fontoura! 
Como alega Antonio Carlos Gomes de Mattos, em seu livro "A Outra Face de Hollywood - Filme B", tais filmes só começaram a ser reconhecidos quando foram analisados "sob seus próprios termos", pois tinham uma narrativa rápida, coisa que agradava muito ao público jovem; um descompromisso com a perfeição, oferecia uma "representação menos idealizada da realidade"; e com uma criatividade única de seus produtores. Mesmo com uma narrativa com valores depreciativos, numa tentativa frustrada de cópia de filmes "A", eles começaram a ser enxergados com outros olhos. Como aconteceu com Ed Wood, tido como o pior diretor do mundo e sem nenhuma reconhecimento positivo quando era vivo, mas que ganhou uma brilhante cinebiografia de Tim Burton, chamada "Ed Wood" (1994), e em 2013 até ganhou uma mostra na Caixa Cultural. 

Crianças... CONTEMPLEM SEU MESTRE: Edward Davis Wood Jr.!
Mas é nesse fuzuê todo que conhecemos outro amiguinho do Cinema Trash, o Cinema Exploitation, cultuado e odiado no mundo inteiro, como o nome mesmo diz, ela possui uma narrativa apelativa/sensacionalista e tem efeitos especiais exagerados, tendo o sexo, a violência, o consumo de droga, esquisitices, bizarrices, e coisas afins sempre presentes. Não é algo agradável de se ver, possui pouco respeito com as normas e os bons costumes da família e assim apresenta o que muitos jovens amam ver. Ele surgiu entre as décadas de 1920 e 1930, junto com a formação do monopólio do  já citado MPPDA, indo na contra mão dessa Hollywood "limpinha", sendo conhecido por muitos como "paracinema". Indo nessa perspectiva de quebrar normas do cinema dito belo, podemos apresentar "Um Cão Andaluz" (Un Chien Andalou, 1929), sim o clássico de Buñuel e de Dalí, que possui uma história totalmente fora dos padrões com acontecimentos surreais, como um exemplo de exploitation, principalmente na cena do olho sendo cortado.


FILME "UM CÃO ANDALUZ"
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Por ter uma forte censura por parte das grandes produtoras de cinema, o exploitation ficou até o final da década de 1940 explorando tais temas apelativos como um alerta, uma forma de educar seu público ao perigo de atitudes que iriam contra a moral e os bons costumes, como o filme "A Porta da Loucura" (Reefer MadnessTell Your Children, 1936) de Louis J. Gasnier, que denunciava os riscos do consumo da maconha, como a violência e a loucura, e foi exibido em muitas escolas estadunidenses. Mas o Exploitation se desenvolveu, saindo do patamar de moral educativa para entrar no campo simplesmente especulativo, assim na década de 1950 conhecemos diversos filmes tendo gangues de motociclistas, abordando a delinquência juvenil, como "O Selvagem" (The Wild One, 1953) de Laslo Benedek, que tem Marlon Brando no início de sua carreira. Temos o chamado "Blaxploitation" na década de 1970, já tertuliado por aqui, assim como os chamados "Filmes snuff", que mostram mortes ou assassinatos reais sem a ajuda de efeitos especiais, como o "Holocausto Canibal" (Cannibal Holocaust, 1980) de Ruggero Deodato. Temos a Chambara e sua quebra de padrões nos filmes de samurai; o Eco-Terror e a revolta da natureza para com o homem e diversos outros que mereciam um outro especial aqui.


Getro.com SOBRE O FILME "CANIBAL HOLOCAUSTO"
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Percebemos assim que o início do chamado Cinema Trash é bem contraditório, mas muitos indicam que as produções de Ed Wood, como o cultuado "Plano 9 do Espaço Sideral" (Plan 9 from Outer Space, 1959), pode indicar que já tinham características do Cinema Trash já na década de 1950, assim podemos utiliza-lo como um bom exemplo do início do Trash. Como também do cinema em geral do período em questão, já que uma nova tecnologia para o entretenimento se popularizava pelo mundo, a televisão, causava uma crise gigantesca para o cinema, pois o público preferia permanecer em sua casa à se deslocar ao cinema. Logo boa parte das produções da década tinham como característica um orçamento baixo e um lucro não tão expressivo, mas com o passar do tempo se tornaram "cult", tais como "A Invasão Dos Discos Voadores" (Earth vs. the Flying Saucers, 1956) de Fred F. Sears, "A 20 Milhões de Milhas da Terra" (20 Million Miles to Earth, 1957) de Nathan H. Juran e "O Ataque da Mulher de 15 Metros" (Attack of the 50 Foot Woman, 1958) de Nathan Juran.


UMA CENA QUE RESUME O QUE FOI OS FILMES B NAS DÉCADA DE 1950, CENA DE "A INVASÃO DOS DISCOS VOADORES"

Na década de 1960 já temos um ótimo filme para dar boas vindas a esse período de intensas mudanças no estilo de vida do mundo, com "Psicose" (Psycho, 1960) de Alfred Hitchcock**, um filme tenso do início ao fim, a cada cena do filme conhecemos os personagens nada exemplares, assim a narrativa se desenvolve, sem heróis mas com um forte vilão, com um desfecho perfeito de explodir cérebros... Um bom reflexo de como seria o período, cheio de choques de concepções que talvez seja um problema patológico de sua sociedade. Tanto que essa década terminará com obras intensas como o filme "de cagar para dentro" de Roman Polanski "O Bebê de Rosemary" (Rosemary's Baby, 1968)** e o divisor de águas "A Noite dos Mortos-Vivos" (Night of the Living Dead, 1968) de George A. Romero, essa obra marcará tanto o Cinema Trash como o cinema em geral até os dias de hoje. Inova INSANAMENTE na ideia da origem do morto vivo, deixando o viés religioso de lado, muitas vezes preconceituoso para com religiões afro-americanas; traz como protagonista um negro no filme, ao mesmo tempo que Martin Luther King Jr sonhava por ai; e outras brisas a mais que merecem um #TertúliaView (indireta mesmo para o resto da galera do Cine Tertúlia!).

** Não consideramos nenhum desses filmes um "trash", mas está aqui para um contexto do cinema da época.


FILME "A NOITE DOS MORTOS-VIVOS"
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E é na década de 1970 que conhecemos divindades como "Pink Flamingos" (1972) de John Waters, considerado por muitos (e por mim também) um dos filmes mais bizarros do mundo, que conta a competição pelo título de "pessoas mais sórdidas do mundo", ai só vem cenas que somente a década de 1970 pode nos proporcionar. Como também a INSANA comédia "O Ataque dos Tomates Assassinos" (Attack of the Killer Tomatoes!1978) de John De Bello, com um dos inícios mais fodas da década de 1970:


"EM 1963, ALFRED HITCHCOCK FEZ UM FILME INTITULADO "OS PÁSSAROS". UM FILME QUE DESCREVIA O ATAQUE SELVAGEM SOBRE SERES HUMANOS POR UM BANDO DE CRIATURAS ALADAS. AS PESSOAS RIRAM. NO OUTONO DE 1975, 7 MILHÕES DE PÁSSAROS NEGROS INVADIRAM A CIDADE DE HOPKINSVILLE, KENTUCKY, RESISTINDO AOS ESFORÇOS DA HUMANIDADE PARA AFASTÁ-LOS. NINGUÉM ESTÁ RINDO AGORA."

E não é à toa que o filme rendeu mais 3 continuações excelentes, sendo que numa delas temos a atuação de George Clooney


Street Trash (1987) de James M. Muro
Mas é assim que a década de 1970 vai, cheias de experimentos para chegar aos extremos, desenvolvendo os filmes Exploitation, como o filme "I Drink Your Blood" (1970) de David E. Durston, contando a história de um grupo de "hippies adoradores de satã" (???) que aterrorizam uma cidade e são intencionalmente infectados por raiva canina e partem para a matança (????). BIZARRO... SEM SENTIDO ALGUM! Mas é cultuado até os dias de hoje. E nesse ambiente de experimentação que é lançado "Ilsa - A Guardiã Perversa da SS" (Ilsa - She Wolf of the SS, 1975) de Don Edmonds, um filme para poucos mesmo! A história se passa em um campo de concentração nazista onde são realizadas experiências bizarras com seres humanos: sexo, tortura e cenas nada agradáveis é o que você pode encontrar aqui. 


Bad Taste (1987) de Peter Jackson
Ahhh década de 1970... resultado de muitas contestações e princípio de muita treta que viria por ai... o mundo inteiro fez parte desse cinema reflexo de mudanças INSANAS na sociedade, DÚVIDA? Na sempre estilosa Itália tivemos filmes de terror, suspense e policiais que foram fundo na ideia, os filmes Giallo: com visual psicodélico e hiper colorido, as trilhas sonoras hipnóticas e sombrias, o erotismo e a enorme violência, entrelaçando sexo e morte com resultados impressionantes. A Itália produziu também nesse período um dos filmes de sci-fi mais FODAS (leia-se trash) da história do cinema: "Starcrash" (1978) de Luigi Cozzi, que possui essa cena, em que percebemos um arma muito semelhante com outro filme que eu esqueci o nome agora... Mas nada se compara a "Demons - Filhos das Trevas" (Demoni, 1985) de Lamberto Bava: rock and roll, jovens desobedientes, zumbis... tudo isso dentro de um cinema, é GENIAL! Só tenho a falar: GRANDE ITÁLIA!


CENA DE "TENEBRE"
(pouco sangue na cena, não?)

CENA DE "STARCRASH"
(Quem veio 1º... Starcrash ou Star Wars?)

TRAILER DE "DEMONS"

O Brasil mostrou muito potencial nesse período quando surgiu o personagem Zé do Caixão, interpretado por José Mojica Marins. O sádico coveiro à procura da "mulher superior" para gerar seu filho perfeito estreou em  "#À Meia-Noite Levarei Sua Alma" (1964) e continuou sua saga em "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver" (1967), ganhando os circuitos internacionais e abrindo as portas de muitas produções nacionais até hoje. Na época saiu grande obras como o gótico "O Anjo da Noite" (1974) de Walter Hugo Khouri e a comédia de horror "Um Sonho de Vampiros" (1969), de Iberê Cavalcanti.

"HOJE EU COMO CARNE, NEM QUE SEJA CARNE DE GENTE"
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Na década de 1980, o Cinema Trash começa a se moldar e lançar seus clássicos que vivem alegremente no coração de seus fãs, como "Uma Noite Alucinante" ou "A Morte do Demônio" (SEI LÁ QUAL É O TÍTULO NACIONAL), mas conhecido no mundo inteiro como "The Evil Dead" (1981) de Sam Raimi. Filme base para tudo que você verá de terror depois dele! Isso mesmo! Grupo de adolescentes? CHECADO! Indo para o meio do nada? CHECADO! Sozinhos? CHECADO! Muitas mortes, possessão demoníaca, floresta do mal e outros? CHECADO! Isso mesmo, esse filme pode ser colocado como um grande divisor de águas para tal gênero, mesmo com todos os empecilhos que conhecemos (baixo orçamento e uma história pouco agradável), ele se transformou num grande sucesso, tanto que possui uma releitura/continuação com um orçamento maior em 1987 e uma versão mais "divertida" em 1992 chamada "Army of Darkness".


Dark Star (1974) de John Carpenter
E ai meu amigo... SÓ COISA LINDA na década de 1980! Temos a Troma, que com toda a inspiração, lança obras primas como "O Vingador Tóxico" (The Toxic Avenger, 1984) de Lloyd Kaufman e Michael Herz e "#O Monstro do Armário" (Monster in the Closet, 1986) de Bob Dahlin, duas obras chaves para compreender a ideia de assustar e rir na mesma história, com críticas sociais intensas, principalmente em "The Toxic Avenger", transformou a Troma na companhia independente mais famosa do mundo inteiro.


Pelo Amor e pela Morte (Dellamorte Dellamore, 1994) de Michele Soavi
Com filmes como "A Hora dos Mortos-Vivos(Re-Animator1985) de Stuart Gordon e "Palhaços Assassinos do Espaço Sideral" (Killer Klowns from Outer Space, 1988) de Stephen Chiodo, podemos trabalhar muitos aspectos do gênero como a questão da ciência, um fala da ideia da cura para a morte, já o segundo trabalha com a intensa busca por vida alienígena que finalmente chega a Terra (de maneira bem mortal), assim conhecemos suas tramas um Herói, que é alguém sempre deixado de lado, mas agora tem a chance de mostrar seu potencial, uma Heroína, sempre vulnerável (se rolar "peitinhus" ajuda na publicidade!). Os dois devem se defender do perigo apresentado pelo filme para que possam seguir em suas vidas, e é nesse momento que o roteiro se desenvolve. Destaque para a particular cena grotesca de Re-Animator...

CENA DA 'CABEÇA' EM "RE-ANIMATOR"

Nesse momento nos deparamos com um neozelandês muito famoso hoje, Peter Jackson, o mestre da Terra Média com as trilogias de O Senhor Dos Anéis e de O Hobbit, sim ele mesmo! O começo de sua carreira foi marcado por filmes assumidamente Trash e cheios de INSANIDADE, como "Bad Taste" (1987), que conta a história da pacata cidade de Kaihoro, em que todos seus habitantes desaparecem, assim durante a investigação temos: alienígenas, rede de fast food, armas e muito bizarrice! Esse filme merece ser conferido! Outra dádiva dessa fase de Jackson foi o perfeito "Fome Animal" (Braindead, 1992), com a temática de como a família pode ser controladora, ele lança uma das histórias de amor mais sangrentas da história do cinema, confira uma cena abaixo.


CONSIDERADA UMA DAS CENAS MAIS SANGRENTAS DA HISTÓRIA DO CINEMA
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Filmes que marcaram uma geração de fãs, como eu e você e também Robert Rodriguez, Quentin Tarantino, o músico Rob Zombie, Eli Roth e Edgar Wright. Bons exemplos de diretores de cinema que ainda dão vida ao gênero, bem... A ideia do baixo orçamento talvez não esteja ligado a eles... Mas o GORE sim! Numa brilhante parceria com Tarantino, o diretor Rodriguez lança o filme "Planeta Terror" (Planet Terror, 2007) que é uma grande homenagem aos filmes de terror que ele acompanhava durante sua adolescência. O filme segue um grupo de pessoas que tenta sobreviver ao apocalipse zumbi, muito SANGUE e GORE acompanharão você nessa aventura. Assim como em "Machete" (2010), o filme que não era para ser filme, já que era para ser somente um trailer fictício do projeto de Rodriguez e Tarantino, mas fez tanto sucesso que rendeu esse INSANO longa, com uma narrativa policial de tirar o fôlego. 


TRAILER 'DE MENTIRINHA' QUE OS DIRETORES ACIMA CITADOS REALIZARAM NO PROJETO CHAMADO DE "GRINDHOUSE"

Mas não é só de homenagens que vive o cinema Trash atual, Sam Raimi retornou ao estilo do início de sua carreira com "Arraste-Me para o Inferno" (Drag Me to Hell, 2009), um filme SENSACIONAL e cheio de características do cinema Trash, que conta a história de uma jovem de vida promissora ao lado de seu marido, mas infelizmente é amaldiçoada... E ai a história começa a ficar muito BIZARRA! ASSISTA!

'SAINDO UM POUCO DE SANGUE'
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Para finalizar esse exaustivo trabalho, que durou mais de um mês, queria falar de um filme que infelizmente passou batido pelos nossos lindos olhos, "O Segredo da Cabana" (The Cabin in the Woods, 2012) de Drew Goddard, a trama em si parece um clichê ambulante: "jovens? no meio do nada? bebendo e se divertindo? invocando alguma coisa maligna? tem uns 100 filmes desses só no ano passado!"... Mas ai que está, o filme utiliza desses clichês, para criar algo inovador! Sim, se lembra da pira que falei dos filmes "B", que eram uma forma barata de filmes "A", mas só que ainda sim surgiam obras cheias de INSANIDADE, que hoje conseguimos enxergar "com seus próprios termos"? Então esse filme aqui utiliza inteligentemente das mesmices desta linha de terror, meio que subverte o "subgênero", sem moderação alguma na hora de inventar soluções ousadas. Falar desse filme é meio que dar spoiler, mas isso a gente deixa para outra oportunidade num #TertúliaView.

CENA FINAL DE "O SEGREDO DA CABANA"
 

FIQUE COM ESSA CENA QUE, PARA MIM, É A MELHOR CENA QUE EXISTE DE UM FILME TRASH!
 

E O BRASIL, COMO ANDA NESSA HISTÓRIA? LINDAMENTE INSANO... RODRIGO ARAGÃO ANDA FAZENDO FILME LINDOS! UM PROVA? SACA SÓ ESSA CENA DE "A NOITE DOS CHUPA CABRAS"
 




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