Prepara seu estômago que hoje o filme é gore!!!
No Tertúlia View de hoje, Mar Negro.
Roteiro: Rodrigo Aragão.
Elenco: Marcelo Castanheira, Mayra Alarcón, Carol Aragão.
Para quem nunca ouviu falar do diretor, Rodrigo Aragão nasceu em Guarapari, Espirito Santo, uma pequena vila de pescadores - certamente por isso a ambientação de seus filmes são em comunidades ribeirinhas de pescadores. Filho de um proprietário de cinema, Aragão sempre cresceu em volta de exibições de filmes. Mas foi na década de 1980 que, após assistir Evil Dead, sua cabeça explodiu e ele decidiu colocar a gravata da insanidade. A partir daí, começou a fazer cursos e workshops para
conseguir experiência e conhecimento para rodar seus próprios filmes. Começando com a filmagem de curtas, como "Chupa Cabras" (não confundir com "A noite do chupacabras", filme posterior), foi em 2008 que estreou na produção de longas -metragem, com "Mangue Negro".
Spoiler Alert
Agora, ao filme. Assim como "A noite do Chupacabra", "Mar Negro" se passa em um pequeno vilarejo ribeirinho. No início nos é apresentado os pescadores Peroá e Cavalo Cansado (que parece ter esse apelido por dormir demais). Eles estão no mar, pescando. Aquele dia não parecia bom, estavam a horas no mar e não conseguiram enxer nem sequer uma caixa de peixes. Dessa forma, Peroá insiste em continuar pescando, enquanto Cavalo Cansado quer ir embora. Neste momento, ao puxar a rede, eles capturam uma criatura nunca antes vista. Um peixe-morcego? Uma sereia? Pouco importa. Porque a criatura está viva. Viiivaaa. E ataca os pescadores. Peroá leva uma mordida cabulosíssima no braço enquanto Cansado é acertado diretamente no saco. Com uma peixeira e um arpão eles conseguem se livrar da criatura e voltar para o vilarejo. Quando chegam, nota-se que Peroá está estranho, com um apetite além do habitual e muito mais irritado. Após sua esposa Indiara, com quem tem dois filhos, tratar seu ferimento, ela é convidada por uma amiga para trabalhar na cozinha do bordel que está abrindo na vila. Indiara aceita por conta do dinheiro. A noite, quando Indiara sai para trabalhar, Peroá passa muito mal. Um dos pontos dado por sua esposa para fechar a ferida, estoura. Peroá pede ajuda as crianças para fechá-lo. A menina mais velha não consegue dar o nó. O menino mais novo se prontifica a tentar ajudar o pai. Quando ele chega próximo a Peroá tentando fechar o machucado, a ferida - sim, a ferida - abocanha o dedo da criança, arrancando sua ponta.
Fim da zona Spoiler
Esse, minhas senhoras e meus senhores é só um dentre os tantos exemplos do nível gore que é esse filme. Ele não chega ao nível de Fome Animal (1992), ou mesmo A encarnação do Demônio (2008), de José Mojica Marins, para ficarmos com um exemplo nacional. Mas, sem dúvida alguma é um filme gore. Beeeeem gore. É tão gore que as vezes beira o desnecessário. Porém é um legítimo filme de terror trash, então tem que ser esdrúxulo mesmo. Porém, minha crítica se direciona aos elementos do filme. Monstros marinhos, magia negra, zumbis, psicopatas e demônios. Todos essas criaturas são encontradas no filme o que, para mim, deixa a narrativa carregada demais, chegando a perder o sentido em alguns momentos. Dessa forma, o filme peca no enrendo quando vai se aproximando do desfecho, o que pode irritar um pouco.
Mas de qualquer forma, ainda recomendo este filme. A maquiagem desse filme é sensacional, acho que o ponto forte dele. A narrativa segue legal até próximo ao fim, quando parece que o diretor teve um ataque de criatividade, mas já era tarde demais. As atuações são fracas, não convencem, se aproximando do amadorismo. Muitos atores que aparecem nos outros filmes de Aragão voltam aqui.
Bem, o filme é ruim? É. Perde a noção? Perde. Mas é um filme de terror-trash. Pra mim, filmes desse gênero tem que ser ruim. Ou quero meu dinheiro de volta. E tenho dito!!
TRAILER
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