Ahhhh... que FELICIDADE! Acho que esse é um sentimento que estou muito afim de compartilhar com vocês! Sabe qual é a melhor sensação do mundo?
Sair de uma sala de cinema e poder falar com todas as letras: FODA!
Assim vamos comigo no #TertuliaView de hoje, sobre "Garota Exemplar" de David Fincher.
+ GAROTA EXEMPLAR (Gone Girl, 2014) de David Fincher
Acredito que posso fazer uma recomendação para todos logo ao início da
resenha, por favor, NÃO LEIA O LIVRO! Quer dizer, não leia antes do
filme... Digamos que o filme ficou tão intenso que ler o livro homônimo
de Gillian Flynn
antes, é como se você estivesse lendo spoilers em nível elevadíssimo.
Aconselho sinceramente que assista o filme,compreenda o que Fincher
quis adaptar e depois se jogue no livro! Conheça a mentalidade dos
personagens e assim você estará pronto a falar FODA² de maneira única!
Assim sendo, ao analisar a filmografia de David Fincher percebemos de maneira clara que o diretor sempre mostra uma sociedade doente, cheia de problemas, como a insanidade apresentada nos fodásticos "Seven" (1995) e "Clube da Luta" (Fight Club, 1999). Mas acredito que o 10º longa metragem do diretor traga algo mais original, um enredo mais legítimo ao cotidiano, aquela pitada do ingrediente "lar, doce lar talvez não seja tão doce assim", utilizado muito pelo Mestre Alfred Hitchcock. Como também a impressionante maneira como dirige os atores, se Hitchcock era adepto da filosofia de que atores devam ser tratados como gado, Fincher não fica para trás ao vermos esse filme, em que temos um Ben Affleck e uma Rosamund Pike sensacionais, assim como tínhamos um James Stewart e uma Kim Novak em "Um Corpo Que Cai" (Vertigo, 1958).
Sei que muitos criticam Ben Affleck com a máxima "um ótimo diretor, mas um péssimo ator", sinceramente acredito que ele possui seus momentos, mesmo ganhando o Oscar por "Argo" (2012) acredito que sua obra prima foi ao lado de Matt Damon com "Gênio Indomável" (Good Will Hunting, 1997) em que escreveram o roteiro. Agora ele manda muito bem agora como ator em "Garota Exemplar".
Sobre a figura de Rosamund Pike vemos que as mulheres na filmografia de Fincher sempre lutavam para sobreviver à um mundo dominado por homens, exemplos? A grande tenente Ripley (Sigourney Weaver) no grande (isso mesmo "GRANDE", amo esse filme!) "Alien 3" (1992), a mãe e filha Altman (Jodie Foster e Kristen Stewart) em "Quarto do Pânico" (Panic Room, 2002), Lisbeth (Rooney Mara) no destruidor "Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres" (The Girl with the Dragon Tattoo, 2011). São mulheres que estão passando por momentos extremos. Mulheres que em nossa história foram compreendidas inequivocamente por nós mesmo, mas que provam que estão vivas. Assim a própria Gillian Flynn, que não poderia ficar fora desse INSANO filme, se torna a roteirista do mesmo.
Tá precisando de uma SINOPSE para se encontrar em meio tanta brisa? Aqui está: Na época de seu quinto aniversário de casamento, Nick Dunne (Ben Affleck) avisa a polícia que sua linda mulher, Amy (Rosamund Pike), está desaparecida. Sob pressão da polícia e da imprensa, a imagem desse casamento perfeito começa a desmoronar.
Comparações e sinopses à parte, vamos começar a BRISAR mesmo queridos tertulianos! O filme se desenrolada como na sinopse acima apresentada, mas tal enredo não dura nada mais do que uma hora e assim a dupla David Fincher e Gillian Flynn já chegam para nos desorientar, portanto acredito que esse enredo base seja algo como a jogada da isca. E quem é a presa? Nós, os espectadores. E assim sem pedir licença e sem nem um "oi, tudo bem?" levamos um murro na cara! Aquele murro forte mesmo, nos deixando sem chão... Como? AH! Quebrando todas nossa fé sobre a história até então apresentada. E para os desavisados, ao sair da sala de cinema não é diferente, não temos nenhuma certeza! Nos deixando só aquele clima tenso construído em "A Caça" (Jagten, 2012) de Thomas Vinterberg, em que você não confia nem no que você mesmo observou.
Fincher brinca com isso muito bem ao tentar nos mostrar esse teatro de aparências que vivemos, no filme seria o teatro da investigação, da opinião pública, do casamento, das amizades e das relações familiares. Ele não perdoa! Jogando em nossa cara suas duras críticas à sociedade da informação, em que nós nos tornamos peças publicitárias de nós mesmos. O importante é o que se encena diante das câmeras - sejam elas de uma grande rede de televisão ou num "mural" virtual. Aparências que todos os personagens do filme estavam acostumados, principalmente a personagem de Amy, com os livros "Amy Exemplar", uma série de livros de seus pais escreveram para apresentar um filha perfeita: onde a Amy real falhava, a Amy "exemplar" reinava!
Mesmo sendo muito comum a reclamação para
com os títulos nacionais acredito que no caso de "Garota Exemplar",
tanto o livro como o filme, acertaram em cheio! Muito melhor que "Gone
Girl" ("garota que foi") no original. Logo o filme/livro se torna
exemplar na perspectiva de se compreender nossa contemporaneidade,
compreender a nós mesmo, se torna EXEMPLAR, um modelo de como pensamos e
de como agimos nessa sociedade das aparências. E assim a única certeza
que posso afirmar a vocês após ler o livro e assistir o filme: "O
CASAMENTO MATA", assim como apresentado em (letras garrafais e
amigáveis) no verso do livro.
PS: É li o livro também, foi antes do filme, mas não importa, só de olhar para o livro daqui já me bate uns calafrios.
+ GAROTA EXEMPLAR (Gone Girl, 2014) de David Fincher
Poster de "Garota Exemplar" |
Ben Affleck e Rosamund Pike |
Assim sendo, ao analisar a filmografia de David Fincher percebemos de maneira clara que o diretor sempre mostra uma sociedade doente, cheia de problemas, como a insanidade apresentada nos fodásticos "Seven" (1995) e "Clube da Luta" (Fight Club, 1999). Mas acredito que o 10º longa metragem do diretor traga algo mais original, um enredo mais legítimo ao cotidiano, aquela pitada do ingrediente "lar, doce lar talvez não seja tão doce assim", utilizado muito pelo Mestre Alfred Hitchcock. Como também a impressionante maneira como dirige os atores, se Hitchcock era adepto da filosofia de que atores devam ser tratados como gado, Fincher não fica para trás ao vermos esse filme, em que temos um Ben Affleck e uma Rosamund Pike sensacionais, assim como tínhamos um James Stewart e uma Kim Novak em "Um Corpo Que Cai" (Vertigo, 1958).
Ben Affleck |
Sei que muitos criticam Ben Affleck com a máxima "um ótimo diretor, mas um péssimo ator", sinceramente acredito que ele possui seus momentos, mesmo ganhando o Oscar por "Argo" (2012) acredito que sua obra prima foi ao lado de Matt Damon com "Gênio Indomável" (Good Will Hunting, 1997) em que escreveram o roteiro. Agora ele manda muito bem agora como ator em "Garota Exemplar".
Rosamund Pike |
Sobre a figura de Rosamund Pike vemos que as mulheres na filmografia de Fincher sempre lutavam para sobreviver à um mundo dominado por homens, exemplos? A grande tenente Ripley (Sigourney Weaver) no grande (isso mesmo "GRANDE", amo esse filme!) "Alien 3" (1992), a mãe e filha Altman (Jodie Foster e Kristen Stewart) em "Quarto do Pânico" (Panic Room, 2002), Lisbeth (Rooney Mara) no destruidor "Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres" (The Girl with the Dragon Tattoo, 2011). São mulheres que estão passando por momentos extremos. Mulheres que em nossa história foram compreendidas inequivocamente por nós mesmo, mas que provam que estão vivas. Assim a própria Gillian Flynn, que não poderia ficar fora desse INSANO filme, se torna a roteirista do mesmo.
Ben Affleck e suas "caras de bunda" |
Tá precisando de uma SINOPSE para se encontrar em meio tanta brisa? Aqui está: Na época de seu quinto aniversário de casamento, Nick Dunne (Ben Affleck) avisa a polícia que sua linda mulher, Amy (Rosamund Pike), está desaparecida. Sob pressão da polícia e da imprensa, a imagem desse casamento perfeito começa a desmoronar.
Comparações e sinopses à parte, vamos começar a BRISAR mesmo queridos tertulianos! O filme se desenrolada como na sinopse acima apresentada, mas tal enredo não dura nada mais do que uma hora e assim a dupla David Fincher e Gillian Flynn já chegam para nos desorientar, portanto acredito que esse enredo base seja algo como a jogada da isca. E quem é a presa? Nós, os espectadores. E assim sem pedir licença e sem nem um "oi, tudo bem?" levamos um murro na cara! Aquele murro forte mesmo, nos deixando sem chão... Como? AH! Quebrando todas nossa fé sobre a história até então apresentada. E para os desavisados, ao sair da sala de cinema não é diferente, não temos nenhuma certeza! Nos deixando só aquele clima tenso construído em "A Caça" (Jagten, 2012) de Thomas Vinterberg, em que você não confia nem no que você mesmo observou.
Fincher brinca com isso muito bem ao tentar nos mostrar esse teatro de aparências que vivemos, no filme seria o teatro da investigação, da opinião pública, do casamento, das amizades e das relações familiares. Ele não perdoa! Jogando em nossa cara suas duras críticas à sociedade da informação, em que nós nos tornamos peças publicitárias de nós mesmos. O importante é o que se encena diante das câmeras - sejam elas de uma grande rede de televisão ou num "mural" virtual. Aparências que todos os personagens do filme estavam acostumados, principalmente a personagem de Amy, com os livros "Amy Exemplar", uma série de livros de seus pais escreveram para apresentar um filha perfeita: onde a Amy real falhava, a Amy "exemplar" reinava!
Parte traseira do livro. |
PS: É li o livro também, foi antes do filme, mas não importa, só de olhar para o livro daqui já me bate uns calafrios.
TRAILER LEGENDADO
Acredito que essa arte aqui abaixo fale tudo!
CURTIRAM A BRISA??? COMENTEM AI...
Um péssimo filme para pessoas que encanam com tudo
ResponderExcluirUm ótimo filme para quem gosta de ficar dentro do cano!
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