MEO DEOS! 😲 |
+ A Hora do Pesadelo (A Nightmare on Elm Street, 1984) de Wes Craven.
Tive a oportunidade de assistir ao filme "O Palhaço" (2011) de Selton Mello,
mas de uma maneira singular: de olhos vendados (acompanhando o filme
através do chamado "Audiofilme", com narração descrevendo-o). Após o
filme fiquei com uma grande inquietação... Até aquele dia o cinema para
mim era a junção do escrito (roteiro), música (trilha sonora) e o imagem
em movimento (filme)... Mas naquela sessão não existia a imagem em
movimento! Ao indagar isso com amigos encontrei uma possível resposta: a
imagem em movimento estava sendo construída em minha cabeça. Ai minha
mente foi explodida novamente pelo cinema! O que seria do cinema sem
nossa imaginação? NADAAAAAAAA!!! (como diria outro amigo meu).
(voz na mulher do avast! antivirus: "SUAS DEFINIÇÕES DE CINEMA FORAM ATUALIZADAS"!)
O meninu lindú!!! |
Logo a genialidade de Craven se encontra ao trabalhar com a relação intensa que existe entre o cinema e a nossa mente, nossa imaginação, ou se preferir, com nosso inconsciente (FODA NÃO?). E ao perceber isso o diretor nos faz um filme de terror em que o vilão da história só faz sua ação quando você está na sua maior segurança, na sua casa, dentro do seu quarto e deitado na sua cama em sua hora de descanso: o sono! E é nesse momento que o nosso inconsciente age (se lembra daquele episódio do O Mundo de Beakman sobre sonho? clique aqui!)... Nossos medos, alegrias, tristezas, amores não estão mais sob o controle total do nosso consciente e da nossa razão. Ai que a porra fica séria meu amigo! Eles estão sob o controle do cara mais INSANO que existe: o nosso inconsciente! Logo a ideia de um vilão que mata pessoas por vingança talvez seja batida demais... Mas um vilão que já morreu, que só aparece quando estamos dormindo e que pode nos matar é genial!
Ideia tão genial que podemos dizer que foi o primeiro filme de Wes
Craven realmente decente, anteriormente somente "Quadrilha de Sádicos" (The Hills Have Eyes,
1977) deu algum sucesso e rendeu outras continuações, mas foi o segundo
filme dessa série que introduziu um elemento marcante em sua
filmografia: o jovem! Isso mesmo, essa "galera descolada que está afim
de muita azaração"! Deixando como motor da maioria de seus roteiros suas
as angústias e seus conflitos, conquistando um público que iria
presenciar muitas outras mortes no decorrer de sua filmografia. E ser a
fórmula do sucesso de muitos filmes juvenis até hoje!
Outro ponto fodástico do filme de 1984 é a relação dos jovens com seus pais. A juventude apresentada no filme protagoniza toda a história, mas seus pais possuem uma representação do passado - tanto que o nosso querido Freddy Krueger só está realizando essa matança devido a esse passado - mas também de repressão, como o pai de Nancy Thompson que é um policial que tem uma relação bem estranha com sua filha.
"Um...dois... Freddy está vindo para você.
Três...Quatro... Melhor trancar sua porta.
Cinco...seis... Agarre seu crucifixo.
Sete...oito... Vai ficar acordada até tarde.
Nove...dez... Jamais dormirá novamente..."
Que linda música não?... Segundo o filme é uma música cantada pelas crianças durante brincadeiras... States é um país bizarro não? Craven explora o imaginário inocente de uma criança para construir um dos filmes mais assustadores do cinema... Como se o bicho papão ou a Cuca começasse a matar jovens durante a noite aqui no Brasil! Depois dessa referência você sacou como a parada é tensa não?
TRAILER
PS: Se quiser algum outro motivo TOSCO para assistir a esse filme, lá vai: é o primeiro filme de Johnny Depp, que interpreta Glen Lantz, o namoradinho da protagonista.
Johnny Depp em "A Hora do Pesadelo" |
PS [2]: [SPOILER] E agora o motivo FODA: ele tem uma das mortes mais FODÁSTICAS que eu já vi no cinema!
SANGUE!!! |
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