quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

TertúliaView: “A Band Called Death” (2012) de Mark Covino e Jeff Howlett



Acredito que essa seja a primeira vez que um documentário aparece no blog do Cine Tertúlia... O motivo? Não faço a mínima ideia da razão de nunca termos abordado algum documentário nesse um pouco mais de um ano de blog. Mas como diz a vinheta do DOC TV da TV Brasil, "quando a realidade parece ficção é hora de fazer um documentário". E cara a história desses caras é difícil de acreditar... Então apertem as gravatas que o role hoje é INSANO mesmo!

+ “A Band Called Death” (2012) de Mark Covino e Jeff Howlett


"Antes de existir o punk, eles eram punk"
Mas antes, para todos podermos sentar confortavelmente e partir para a brisa, acredito ser necessário uma definição do que seja um documentário, deste modo podemos estabelecer, de maneira simplista, uma relação de oposição ao filme ficcional, isto é, tem por objetivo explorar a realidade do que está sendo exibida. Mas ai entramos numa discussão complexa demais para o que viermos fazer aqui hoje.. O que seria realidade? O que seria abordar um fato tal como ele é? Assim o dualismo entre documentários e o cinema de ficção vai por água abaixo, pois, os dois, cada a sua maneira, nos mostram um representação parcial, ou melhor, subjetiva da coisa. Logo se você esperava uma definição... Desculpa!

"Tamo aqui de boas... Só criando um novo som que ninguém tinha feito antes"
Vamos partir então para a história do filme, aqui conhecemos a história do lendário trio de punk rock chamado Death, em que três irmãos negros que viviam em Detroit, inspirados pela INSANIDADE dos shows do The Who, decidem montar uma banda que fazia um som mais cru e mais rápido! Só que devido a muitas barreiras da época, preconceitos e os bons costumes, o sonho de ser uma banda inovadora foi pelo ralo... Final de história BAD? Calma ai carx tertulianx! Quando parecia tudo perdido, em 2008, por um acaso impossível, eles conheceram um REVIVAL que ninguém pode colocar defeito e disso que esse documentário trabalha.

De revival em revival cada um um vai se encontrando... No ano de 2015 tivemos a série de TV Ash vs. Evil Dead, em que no episódio "The Killer of Killers" temos como trilha sonora a música "Freakin Out" do Death.
ATENÇÃO: CENAS FORTES, TIREM AS CRIANÇAS DA SALA!

Mas por que raios a banda se chama Death? Isso meu caro, é uma BRISA gigantesca que eu não sei se conseguirei transcrevê-la em palavras para você. MAS VAMOS TENTAR! Jovens negros, eles estavam habituados a uma difícil vida, mas nem por isso deixavam de sonhar e tinham grandes desejos. Quando seu pai morre eles percebem que o fim/morte pode ser algo muito perto de você, eles então nomeiam a banda assim, mas só que encontram dificuldades de serem produzidos com esse nome. Isso seria um fim? Como dissemos na analise do filme “ABC da Morte” (2012) (clique aqui), nós estamos “atados a uma ideia de morte como um fim, o fim do belo, do jovem, e isso reflete na visão que temos da velhice, ele une o inicio com o fim. [...] ABC's of Death acaba virando um exercício de reflexão sobre como encaramos a morte e o que aprendemos nessa relação vida/morte. A morte é nossa única certeza ou sabendo do ponto final nossa única certeza é viver e encarar o mundo que está a nossa volta?” E cara, com nossos amiguinhos aqui do Death, aprendemos que a morte ou o fim não tem nada a ver com “está tudo acabado”, tudo pode mudar de uma hora para outra...

David Hackney, irmão que morreu no ano de 2000.
Em toda a existência da vida dos irmãos Hackney, sua vida foi marcada pela dialética entre o sonho e a realidade... O sonho de montar uma banda tão FODA quanto The Who, mas a realidade de não possuírem recursos... O sonho de gravar um CD de Rock N Roll, mas a realidade do preconceito por serem negros... Nessa dialética, nada favorável, eles foram enfrentando diversos obstáculos, que não irei mencionar aqui, pois estarei estragando a surpresa de assistir o filme. Mesmo que todas as placas apontassem para o outro caminho, mesmo que nada parecesse dar certo, eles estavam lá, vivendo e curtindo. Até que um dia a realidade deles se transformou num sonho, conseguiram conquistar o coração de diversas pessoas ao redor do mundo!

Bobby Hackney, o vocalista/baixista, comenta como foi difícil viver com tantas rejeições sobre a vida da banda.

Talvez possa parecer demagogo, mas acredito o que principal dessa INSANA história é que defender aquilo que você acredita é algo difícil e nada recompensador, mas o final pode ser algo fantástico. Se aqui no blog do Cine Tertúlia, sempre defendemos que um filme é bom não pela sua história original, mas pela maneira que é contada, aqui vemos que esse filme é duplamente INSANO, uma história original e contada de uma maneira perfeita! Ramones, The Clash e Sex Pistols são fodas? DEMAIS! Mas Death veio primeiro! Sem mais delongas, ASSISTA!

Dannis Hackney, baterista, fala sobre como a história da banda é única! 


PS: Quem disse que essa história acabou? Ela ainda acontece hoje! E eu tenho o prazer de fazer parte disso! Enquanto você lê esse texto, nessa quinta-feira, 04 de fevereiro de 2016, estou num show deles! Demais! Só tenho a dizer: #AcrediteNaGravata, pois a vida é cheia de surpresas!

TRAILER OFICIAL


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