terça-feira, 23 de dezembro de 2014

TertúliaView: "Coherence" (2013) de James Ward Byrkit


Como proceder agora hein produção?... Refletir sobre um filme que pretender encontrar a coerência no contradição? Um filme tão abstrato que desafia as leis do sci-fi da indústria cinematográfica? ACEITA O DESAFIO? É CLARO LOKÃO!

+  Coherence (2013) de James Ward Byrkit.
Poster do filme. Parece inofensivo... Mas se você assistir o filme vai entender a razão desse poster ser FODA!

Quero começar essa #TertúliaView com uma simples palavra: Sinceramente... Pois, sinceramente, não sei o que escrever aqui para vocês... Sinceramente, o filme em questão me deixou travadão aqui, com milhões de ideias em mente que não sei como escrever de uma maneira compreensível para você... Mas como nosso sincero Código de Honra Tertuliano pede (uma das regras dele é: Todo e qualquer filme que faça com que sua mente seja explodida você deve compartilhar com o mundo)... Logo estou aqui na obrigação de escrever algo do qual não entendi... Vamos ver como me saiu nessa!



Uma fotinho do nosso truta Erwin...
Acho que a melhor forma de começar essa bagaça seja apresentar a vocês o grande Erwin. Conhece ele? Muuuito gente fina!... Ahh! Ele é mais conhecido como Erwin Schrödinger, um físico que explodiu muitas mentes por ai. Com o que? Com uma teoria mundialmente conhecida como "Gato de Schrödinger", pois envolve um gato e é do Schrödinger sacou?... Essa teoria fala sobre um gato, que ao ser colocado dentro de uma caixa fechada com uma substância mortal (ou uma bomba), tem 50% de chance de estar vivo e, logo, 50% de chance de ele estar morto ao abrimos a caixa. De tal modo que se não abrimos a caixa nunca saberemos se o gato está vivo ou morto, logo (segura essa) essas duas realidades/possibilidades coexistem ali! Sim isso mesmo! Antes de abrimos a caixa, o gato está vivo e morto simultaneamente, e o nosso ato de olhar força as leis da natureza a decidir um dos dois caminhos... Mas (segura essa aqui também) só que nós também participamos dessa experiência, pois ao abrirmos a caixa podemos encontrar o gato vivo ou o gato morto, assim nós também estamos sujeitos as leis das natureza, ou de maneira mais INSANA, nós podemos estar dentro de uma caixa que alguém abre e nos vê abrindo uma caixa com um gato vivo ou com uma caixa com um gato morto.. SACOU? Logo essas duas possibilidades podem ocorrer paralelamente dentro de um multiverso... Isso mesmo! Sabe a pira de infinitas realidades acontecem em infinitos universos? Mais ou menos isso que o nosso truta Erwin queria mostar, como o comportamento das partículas subatômicas parece ilógico se aplicado numa situação fácil de ser visualizada, como um gato preso numa caixa fechada. Tô falando! Vai ser difícil de descer esse #TertúliaView, mas calma ai que tem mais treta...

VÊ SE COM UM DESENHO VOCÊ ENTENDE...


"Num entendi porra nenhuma..."

Vamos para a sinopse para esfriar uma pouco a cachola: Durante um jantar, oito amigos começam a falar sobre a proximidade de um cometa, e sobre os rumores de que com a  passagem deste corpo celeste é possível ocorrer coisas estranhas. Logo após a discussão curiosos fenômenos começam a acontecer com os convidados, questionando nossa noção de realidade. Tá legal... E o que toda essa merda tem a ver com o gatinho? CARA, TEM TUDO A VER! O filme parte de um evento muito cotidiano, oito amigos se encontram para um jantar, a única coisa fora do comum daquele dia é a passagem de um cometa e é a partir dai o filme se assume como um sci-fi de primeira e TOCA O FODA-SE se esta pisoteando seu cérebro ou não. E é nesse momento que o nosso amigo Erwin entra na história! Vamos pensar que nossos queridos oito protagonistas estão dentro de uma caixa, que ainda não foi aberta, assim as infinitas possibilidades que eles poderiam realizar está ocorrendo ali, ao mesmo tempo. AI DOEU MINHA CABEÇA! Vou dar um tempo aqui... 

Calma ai! Fica com esse vídeo por enquanto....
clique aqui 

Voltei... tô melhor agora!

O filme de James Ward Byrkit,grande companheiro de aventuras de Gore Verbinski, é um filme de pouco orçamento (Byrkit usou sua própria casa para filmar todo o longa) que faz um estrago na sua mente, se tivesse as mãos do queridinho da vez, Christopher Nolan, você já teria ouvido falar dele pelo menos. O filme pode ser resumido como um quebra cabeça com coisa inexplicáveis, realidades alternativas, passagens temporais tudo misturado no mesmo recipiente mas que tem um gosto muito saboroso. Que prova a máxima: "você não precisa de muita grana para fazer um filme FUDIDO!".




Então... O filme trata basicamente das infinitas possibilidades que podemos realizar e quais as consequências dela. Mas como Byrkit quer é dar voadora na gente, ele coloca todas as possibilidades e consequências coexistindo ali na nossa frente, se encontrando de um só vez... ENTENDEU? Espero que não!




Pois ai que está a genialidade desse filme, não se trata de entender ou não a história, mas sim de se entregar à história... Portanto estou aqui nesse momento perdido sem saber o porque gostei dessa obra, mas sei que gostei... Como outro amigo meu, chamado Stanley, disse uma vez: "O teste de uma obra de arte é, no fim, nossa afeição por ela, não nossa capacidade de explicar por que é boa", mais conhecido como Stanley Kubrick. Novamente utilizo das minhas palavras do início: Sinceramente, não posso racionalizar a obra e lhe apresentar motivos, NÃO HÁ EXATIDÃO AQUI MANOLO! Ironicamente o filme tem por base uma teoria da Física, uma ciência exata. Mas acredito que ai está mais um ponto fucking style do filme... Ele leva o trabalho de Schrödinger adiante: se Schrödinger utiliza de um gato, Byrkit utiliza de pessoas em uma situação cotidiana. Fazendo algo que é meu sonho de consumo: quebrar as barreiras entre as ciências! Mostrando como fazemos parte dela e mostrando diferentes possibilidades em que podemos influencia-la, demonstrando que a vida não é exata e nem possui um fórmula: talvez não tenha substância o bastante para matar o gato; talvez o gato fique fraco, mas não morra... É ai que está as infinitas possibilidades da vida. E como diria outro grande truta meu, o Ferreira (nem vem com a história de que ele subiu na bananeira!), mundialmente conhecido como Ferreira Gullar, "há exceções - e dessas exceções vive a nossa irrenunciável esperança"




PS: Para você que não entendeu absolutamente nada do que eu escrevi aqui, pensa num episódio turbinado de "Além da Imaginação" (The Twilight Zone, 1959) criada por Rod Serling... SACOU?


 FICOU COM MEDINHO? FIQUE NÃO MENINX! 
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